terça-feira, 23 de junho de 2009

Soulfly - Conquer



Max Cavalera é um dos grandes ícones do Metal nacional, fundador daquela que é, provavelmente, a maior banda brasileira de todos os tempos, o Sepultura. Após sair da banda mineira, em 1996, Max deslocou-se para o Arizona, na terra do Tio Sam, onde fundou o Soulfly, uma banda com o som extremamente pesado, embora não tão ligada ao metal, com uma levada mais Hardcore ou Nu Metal, mesclada a ritmos brasileiros, tribais e world music em geral. No entanto, ao longo dos anos, lançamento após lançamento, o Soulfly teve uma evolução natural em direção ao Thrash Metal que Max faz tão bem, e foi ganhando o respeito da cena Metal, especialmente no Brasil.

Conquer parece vir para coroar a volta de Max Cavalera ao Thrash/Death Metal com força total, sem perder o ritmo durante todo seu decorrer. ‘Blood, Fire, War, Hate’ abre o disco com uma brutalidade sem tamanho, riffs furiosos ao lado do vocal muito inspirado de Max, Marc Rizzo mostra que é também um alicerce do grupo nesta faixa, uma das melhores músicas de toda a carreira do Soulfly. ‘Unleash’ e ‘Paranoia’ tentam soar mais Groove, mas quase tudo aqui lembra o bom e velho Sepultura. ‘Warmaggedon’, ‘Fall of the Sycophants’ e ‘Doom’ são também músicas fantásticas, que me relembram fases em que o Thrash não saía da minha pilha de CDs.

O álbum é encerrado com ‘Soulfly VI’, a tradicional faixa instrumental na qual Max busca descontrair um pouco. Uma faixa cheia de inspiração na música popular brasileira e na world music, seguindo a linha dos outros CDs da banda, mas sem perder a força das outras faixas.

Definitivamente, o Soulfly é, agora, uma banda de Thrash Metal sem firulas, o “Macumba Metal” de outros CDs se foi, pode até fazer alguma falta, mas enquanto você escutar o Conquer, não vai ter saudade do batuque, pois a criatividade de Max está em alta mais uma vez. Álbum recomendado, um dos melhores CDs de música pesada brasileira desde Roots.

Nota 9/10

Um comentário:

  1. Que o disco seja ótimo... que ótimo! Ainda vou ouvir. Mas eu gosto dos batuques também. Por que o folk metal eslavo é cool e o folk metal "macumbeiro" não pode ser? Aliás, acho um pouco besta chamar todo batuque afro-brasileiro de "macumba", no sentido pejorativo que eu sei que usam. Claro que, no sentido original da palavra, até faz sentido, já que se refere a um instrumento musical.
    Enfim, não sei se o comentário foi construtivo, só quis dar meu apoio ao batuque nacional xD já tem bandas de thrash metal "tradicional" demais no mundo!

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